fevereiro 06, 2008

Blog # 23

As confederações do patronato português acham que estão em condições e com cobertura suficiente para propor a liberalização total, ou quase, dos despedimentos. É caricato isto acontecer com o PS no poder, mas estávamos advertidos: os cidadãos ficam a perder quando há uma aliança entre o Estado e as corporações. O ‘capitalismo português’ depende muito do Estado, dos seus favores e das suas oportunidades de negócio. Os cidadãos são apenas números. Nestes casos, é preciso recordar as heranças históricas, como a de Churchill que, antes da Guerra, preparou vasta legislação de defesa dos trabalhadores, entre os quais o subsídio de desemprego e o de doença. Hoje, são uma velharia. Governo e corporações tratam os cidadãos da mesma forma: como números vagos destinados a servir ou a aliviar o Estado ou o Capital. Santa aliança.

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O Gabinete Coordenador de Segurança afirmou ontem ao CM que nenhum terrorista tinha estado em Portugal, ao contrário do que diz a imprensa internacional. Não ficámos mais descansados. Nem nós nem os paquistaneses em geral. Fica apenas a impressão de que os terroristas são suicidas mas não querem ter nada a ver com Portugal.

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- Livros sobre e contra a religião. Primeiro Dawkins, depois Hitchens e agora Daniel C. Dennett, o novo sucesso: ‘Quebrar o Feitiço: A Religião como Fenómeno Natural’, edição Esfera do Caos.

- O novo livro de José Eduardo Agualusa estará concluído em Outubro próximo. Sairá primeiro no Brasil e, só depois, em Portugal.

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FRASES

- "Não houve provas ou indícios de que dois paquistaneses tivessem cá estado a preparar atentados" Leonel de Carvalho, Gabinete Coordenador de Segurança, no CM de ontem

- "Onde já se viu atribuir aqueles projectos horrorosos de construção a uma pessoa que até usa sapatos italianos?” LNT, no blogue A Barbearia do Senhor Luís

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