junho 03, 2008

Blog # 107

Passam hoje sete anos sobre a morte de Manuel Hermínio Monteiro. Notar sete anos de ausência significa que ele faz falta. Que nos faz falta, aos amadores de livros. Transplantado para Lisboa, onde passou a parte mais essencial da sua vida, foi editor (na Assírio & Alvim), professor, poeta, gastrónomo, amigo de poetas e de editores, figura visível do movimento literário da época – e viajante curioso e disponível. Lembro-me de Manuel Hermínio Monteiro a cantar boleros mexicanos e imagino uma biblioteca que se transforma em salão de baile no meio da montanha entre coisas essenciais que nunca o abandonaram: árvores, serras, livros, sombras, relâmpagos, memória oral, vegetação, personagens, amigos rodopiando. Recordo-o como um destino que passou entre nós, fazendo-nos falta.

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'Quaresma Decifrador' reúne as 'novelas policiárias' escritas por Fernando Pessoa (Assírio & Alvim). Entre elas, 'Pergaminho Roubado', 'O Caso do Quarto fechado', ou 'O Roubo do Banco de Galicia'. Em alguns casos, divertimento puro.

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FRASES

"Pacheco Pereira deve apresentar-se agora como um militante exemplar." João Gonçalves, no blogue Portugal dos Pequeninos.

"Manuela Ferreira Leite prometeu falar verdade, algo que anda muito arredado da política." António Ribeiro Ferreira, ontem no CM.

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