outubro 07, 2008

Blog # 197

O tempo de que Manuela Ferreira Leite dispunha no pico do Verão está agora a esgotar-se. E, infelizmente, esgota-se sem brilho, sem glória e sem esclarecer o eleitorado. O que é grave – porque se aproximam dias de crise e a única voz que se ouve acima do ruído é a do presidente da República, que não fará favores à oposição, e a quem Sócrates há-de colar-se para conquistar o "centro" dos novos tempos. A líder do PSD há-de ter as suas razões para economizar intervenções – algumas delas são justas, sensatas e até exemplos de boa política. Mas o que transparece é isto: no meio das crises, este silêncio pode significar que Manuela Ferreira Leite não tem nada para oferecer, nem um pouco de demagogia. Se for assim, é ainda mais grave: a palavra e as oportunidades são o sal da política.

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Releio 'A Vida Eterna', de Fernando Savater (Dom Quixote) e compreendo a sua urgência: um ser humano que não discute a sua 'condição sobrenatural' não merece pensar na eternidade. É um livro que nos autoriza a falar com o invisível.

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FRASES

"O que é vivido pelos cidadãos não pode ser iludido pelos agentes políticos." Cavaco Silva, ontem no CM.

"Não fui convidado para emitir a minha opinião sobre Educação e essas merdas assim." Maradona, no blogue A Causa Foi Modificada.

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