outubro 09, 2008

Blog # 199

A pátria discute empenhadamente o fim do capitalismo. Dá gosto assistir ao debate num País relativamente pelintra onde os grandes empresários são acusados de viverem "encostados ao Estado" e onde os investimentos globais têm a marca de "interesse nacional" ou de compromisso Estado-a-Estado.

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Os intelectuais de serviço a tão interessante disputa correm, com emprego protegido, para não serem ultrapassados pelos acontecimentos – e tomam partido por Obama ou McCain da mesma forma que decidem o futuro do que chamam "neoliberalismo", entusiasmados com a crise geral do capitalismo. Essa corrida impede-os de prestar atenção ao que se passa em casa, na sua rua, nas vidas desinteressantes dos portugueses para quem as contas de mil milhões de euros são sempre irreais e abstractas.

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