outubro 10, 2008

Blog # 200

Havia muitas apostas em Le Clézio para o Nobel deste ano – sobretudo depois de um pateta, o secretário da Academia Sueca, ter vindo declarar que os EUA não faziam parte do mundo da literatura, o que significa dizer que Philip Roth, Thomas Pynchon ou Salinger são matéria de segunda linha. Não são. Mas o que interessa é isto: o Nobel foi para um autor nómada, um geógrafo da literatura, que tanto escreveu sobre o deserto como sobre a Índia, a África – os as ilhas que nunca esqueceu, as Maurícias, em nome de personagens que vivem mundos difíceis ou cruéis. Vive agora no Novo México como Yourcenar vivia numa ilha americana. É um daqueles autores que não se socorre de bandeiras políticas quando não tem nada para dizer – e essa será a sua principal vantagem sobre os flibusteiros.

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Para quem nunca esqueceu 'O Céu que nos Protege', de Paul Bowles, está aí 'Por Cima do Mundo' (edição Assírio e Alvim) – o cenário é a América Central. A Assírio reeditou também Mishima e 'O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar'.

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FRASES

"Vou retirar a tatuagem em breve. Ronaldo é muito bom na cama [mas] imaturo e cobarde." Nereida Gallardo, que há dois meses namorava com Cristiano Ronaldo, ontem no CM.

"Não provoquei a crise, pago as contas e não percebo porque raio tenho que pagar a irresponsabilidade alheia." Manuel Jorge Marmelo, no blogue Teatro Anatómico.

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