novembro 24, 2008

Blog # 231

As coisas devem ser feitas em grande. E nós, portugueses, que não poupemos nisso. Dias Loureiro contou na televisão que conheceu El-Assir, que o apresentou ao rei de Espanha para jogar golfe e, depois, a Bill Clinton. Os banqueiros e a finança têm os seus contactos, como se sabe. Um traficante de armas, um presidente, um rei – fazer negócios é ter influência para abrir portas aqui e ali, tanto no Banco de Portugal como nos corredores da política. É assim o mundo. Mas, ao que parece, também imitamos outros velhos hábitos. Por exemplo, veja-se o caso de um juiz cuja casa foi assaltada – os meliantes deixaram uma arma junto a foto do filho, como ameaça. A sua mulher também foi alvo de uma tentativa de atropelamento. Como em outros casos, a realidade tenta sempre imitar a ficção.

***

A Livros Cotovia ajuda-nos a passar melhor estes dias: acaba de publicar as 'Odes', de Horácio, com tradução de Pedro Braga Falcão – poesia que flutua nas alturas, como a poeira. Para nos lembrar o essencial da nossa vida. Leia, leia.

***

FRASES

"O fosso entre ricos e pobres aumentou [na Justiça] e os fracos são discriminados." Santos Serra, presidente do Supremo Tribunal Administrativo, ontem no CM.

"É disso, essencialmente, que eu tenho medo: que o razoável perca para o que é possível." Maradona, no blogue A Causa foi Modificada.

Etiquetas: