dezembro 19, 2008

Blog # 250

Houve um tempo de completa indigência nas escolas. Uma parte da "classe" safava-se como podia e fazia o papel do funcionário público previamente cansado, evitando o trabalho, aproveitando o artigo 4.º, subindo com diuturnidades e antiguidades, gozando férias prolongadas, recusando avaliações e formação. Com o tempo, a coisa mudou. A escola era vigiada e, ela própria, exigia mais atenção. Ontem, um estudo mostrava que 75 por cento dos professores escolheria outra profissão. É um bico de obra. Não se pode ter uma escola pública de qualidade com o actual ambiente de desconfiança. Por um lado, tem de haver mais exigência e mais rigor; por outro lado, os professores não podem ser tratados como sentinelas de aula ou funcionários do Ministério. É esse o dilema dos dias de hoje.

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LIVROS DO ANO (1): 'Os Detectives Selvagens', do chileno Roberto Bolaño (Teorema) – um livro extraordinário que é uma pena perder. Um grande escritor: os seus personagens ardem na cidade do México, cheios de sexo e de literatura.

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FRASES

"Santana Lopes, no campo de batalha, é um convite à desmoralização das tropas." Filipe Nunes Vicente, no blogue Mar Salgado.

"O PS sempre foi assim (...). Os portugueses sabem bem quem nós somos." José Sócrates, ontem, no CM.

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