dezembro 29, 2008

Blog # 255

O governo termina o ano em baixa. Primeiro, com a suspeita de que o presidente da República não vai deixar passar o Orçamento sem uma palavra; depois, com uma mensagem de Natal muito dispensável, em que José Sócrates vestiu a pele de um propagandista em vez de se apresentar como um estadista em que os portugueses confiassem – falando da crise no plural. A questão do Orçamento não é inocente. O governo e o PS quiseram a guerra com o presidente, "pondo-o no sítio". Cavaco, que é discreto e não gosta de cometer o mesmo erro duas vezes, não deixará o pobre orçamento à solta e à mercê de operações de propaganda ou de "contabilidade política". Os eleitores, na verdade, podem não confiar na oposição – mas começam a descrer de um governo que os trata como ignorantes ou patetas.

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LIVROS DO ANO (7): O título é magnífico: 'A Matemática das Coisas. Do Papel A4 aos Atacadores de Sapatos, do GPS às Rodas Dentadas', de Nuno Crato (Gradiva), é uma divertida aproximação à matemática quotidiana. Da mais simples. E bela.

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FRASES

"Nós temos um governo cinzento, morno. Os ministros não sorriem, não estão contentes com a vida." José Gil, filósofo, ontem no CM.

"Hoje nevou em Celorico de Basto. Deve ser efeito do Protocolo de Quioto." Helder, no blogue O Insurgente.

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