fevereiro 18, 2009

Blog # 291

A revista 'New Yorker' publicará um texto de Ian McEwan sobre Salman Rushdie; não sobre Rushdie propriamente, mas sobre os primeiros dias da clandestinidade a que o escritor foi obrigado depois de o ayatollah Khomeiny o ter condenado à morte. McEwan abrigou-o numa casa de campo e escondeu-se com ele enquanto o Hezbollah e outros grupos fundamentalistas procuravam o autor de 'Versículos Satânicos' para o matar. Surpreendo-me com muitos ocidentais fascinados com o fundamentalismo islâmico, e que não resistiram aos encantos do servilismo e à 'questão religiosa'. Estranho como muitos compatriotas meus se colocam ao lado dos assassinos, defendendo a eliminação sumária de um escritor, como se pode odiar tanto e como se pode duvidar da ideia de liberdade. Foi há 20 anos.

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Decorre do Porto a Festa do Livro – no pavilhão Rosa Mota já estiveram mais de 30 mil pessoas desde o dia 31 de Janeiro. A última semana (termina a 28 de Fevereiro) destaca Lobo Antunes, que será homenageado. Uma feira apetecida.

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FRASES

"Quando se fala do casamento homossexual, por que razão continua a oposição à poligamia?" João Villalobos, no blogue Corta-Fitas.

"Onde estaria o Sporting sem a birra de Paulo Bento com Vukcevic?" João Querido Manha, ontem no CM.

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