fevereiro 19, 2009

Blog # 292

Durante o salazarismo, os autores portugueses de romances policiais escolhiam pseudónimos em inglês. Havia duas razões: em primeiro lugar, os leitores desconfiavam de policiais portugueses, a quem não atribuíam 'glamour'; depois porque, oficialmente, não havia crime em Portugal. Ross Pynn, Dennis MacShade, Frank Gold ou Dick Haskins (ainda vivo) escreveram páginas imortais de literatura policial. As 'pessoas sérias' e 'boas almas' ficam desconcertadas quando se fala de crime ou se menciona que o Departamento de Drogas e Crime da ONU, encontra em Portugal a mais alta taxa de homicídios da Europa Ocidental (uma bela taxa de 2,15 por 100 mil habitantes). A realidade, como se sabe, acaba por imitar a ficção em todos os seus pormenores. Há um país desconhecido à nossa espera.

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Aí está uma edição a reter: a 'Poesia Reunida' de Maria Teresa Horta (Dom Quixote): meio milhar de páginas para recuperar parte substancial da obra de uma autora que deixou marca e tem sido ignorada. Versos que têm uma história.

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FRASES

"Mata-se por 'dá cá aquela palha'. Há jovens de 14 anos a praticar actos de grande violência." M. das Dores Meira, Presidente da Câmara de Setúbal, ontem no CM.

"O que leva uma pessoa a perder uma noite da sua vida para impedir que outros se casem?" Daniel Oliveira, no blogue Arrastão.

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