junho 01, 2009

Blog # 364

Os 200 anos da morte de Joseph Haydn (assinalados ontem) podem também lembrar a chegada de Napoleão a Viena, durante cujos bombardeamentos morreu o compositor, aos 71 anos. Teve sorte, Haydn: a proteção dos príncipes Eszterházy permitiu-lhe estudar, compor, executar música e viver com conforto. Mozart, muito mais jovem, prezava-o como mestre, e reconheceu sempre a inspiração do músico de Viena, o “pai do quarteto de cordas”. 200 anos depois, a magia e o trabalho de Haydn podiam ser lembrados nas nossas escolas, se houvesse educação musical digna desse nome. Infelizmente, poucos reconheceriam o nome do músico e a dimensão da sua vasta obra: a educação moderna prefere o ruído à grandiosidade da música. Os príncipes de outrora eram mais cultos do que os democratas de hoje.

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Morte em Veneza’ sempre me irritou. A Tinta da China, na coleção de viagens coordenada por Carlos Vaz Marques, publica agora ‘Veneza’, de Jan Morris. Mais do que um guia (que não é), trata-se de uma belíssima biografia da cidade.

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FRASES

"Não há ninguém, na cultura, que se possa dizer que é verdadeiramente uma criação portuguesa." Vasco Pulido Valente, ontem no CM.

"Não há como um monstro para sublimar a virtude." Pedro Jordão, no blogue The Heart is a Lonely Hunter.

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