junho 22, 2009

Blog # 379

Machado de Assis nasceu há 170 anos (cumpridos ontem). É um dos grandes monumentos da nossa língua e um autor que o preconceito português afastou da leitura durante anos. Havia a “concorrência” com Eça, o despeito pelo facto de ser mulato e a ideia de que do Brasil só vinha literatura de extração inferior ou mais ligeirinha. Com o tempo, os leitores descobriram esses dois livros maravilhosos, ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’ e ‘Dom Casmurro’ – sinais da modernidade do romance. E, mais do que isso, obras-primas do humor e da suspeita, respetivamente. O primeiro, moderníssimo, uma explosão de riso e de ironia. O segundo ainda hoje deixa o Brasil às voltas com a pergunta sobre a sua personagem principal: “Capitu traiu ou não traiu o marido?” É um génio, Machado de Assis.

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O inspetor Méndez é um catalão velhaco e sentimental; as suas aventuras vêm nos livros de F. González Ledesma. Está aí nas livrarias ‘A Dama de Caxemira’ (Contraponto), uma amostra do seu talento e do seu riso. Tudo em Barcelona.

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FRASES

"As mulheres são falsas e parvas. Os homens são só parvos. Acreditam em tudo." Ana Cássia Rebelo, no blogue Ana de Amsterdam.

"Eu disputo a eleição para a formação do Governo." Francisco Louçã, ontem, no CM.

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