julho 13, 2009

Blog # 394

Amanhã é o dia nacional de França, que assinala o assalto à Bastilha – um dos episódios centrais da Revolução Francesa. Passados exactamente 220 anos, o tema é inspirador apesar da revisão que muitos historiadores têm promovido, sobretudo a partir da análise das influências ideológicas e do período do Terror que se lhe seguiu. O nosso mundo seria diferente se não fosse a revolução francesa e, antes disso, a independência americana de 1776 – mas devíamos ter aprendido alguma coisa com o seu lado grotesco e sanguinário. Os ‘proprietários da revolução’ não queriam limitar-se a fazer justiça: iluminados ‘pela razão’, desprezando o género humano, queriam impor uma ‘nova ordem’. Foram devorados por ela e guilhotinados – exatamente como eles tinham previsto para os seus inimigos.

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A ler neste Verão: ‘O Cão das Ilhas’, de Maria Conceição Caleiro (Sextante), uma história pausada e terna, de perfumes açorianos, entre navios que saem do Havre e recordações de Lisboa e Paris. Bem escrita, comovente, atenta ao pormenor.

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FRASES

"Isto está mais rico em termos humanos, levanta o ego do pessoal." Cabos Martins e Costa, da GNR, que patrulham o Festival Erótico Medieval. Ontem, no CM.

"No nosso país, em tempos de crise, a independência é um luxo, quase uma aberração." No blogue O Jansenista.

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