julho 29, 2009

Blog # 407

Há dois anos, neste dia, desapareciam dois grandes vultos do cinema: Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni. O primeiro filme de Antonioni foi realizado em 1943 (‘Gente del Po’, a que seguiu, em 1945, ‘Roma-Montevideo’, outro documentário); o primeiro filme de Bergman (‘Crise’) é de 1945. Ambos representam duas sensibilidades e duas culturas do pós-guerra europeu e não há nenhuma ligação entre ‘O Grito’ e ‘Morangos Silvestres’, que são do mesmo ano (1957) ou ‘Profissão Repórter’ e a genial versão da ‘Flauta Mágica’ de Mozart, filmados ao mesmo tempo, em 1974. O retrato da angústia diante da morte em Bergman e a incessante busca de beleza em Antonioni são o que impedem o cinema de ser apenas entretenimento – e ser arte. Bergman e Antonioni foram dois dos últimos românticos da nossa vida.

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Vem aí, em Setembro, para abrir a ‘rentrée’ o novo romance de Richard Zimler, ‘Os Anagramas de Varsóvia’ (Oceanos). Zimler, o autor de ‘O Último Cabalista de Lisboa’ leva-nos ao cenário do gueto de Varsóvia para um romance policial.

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FRASES

"Esses dados... isso não pode ser." José Sócrates, ao ser confrontado com números anunciados pelo seu Governo sobre avaliação de professores. Ontem, no CM.

"Este país está a precisar de dar uma queca. Anda tudo irritado. Anda tudo amuado." Henrique Raposo, no blogue Clube das Repúblicas Mortas.

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