agosto 03, 2009

Blog # 409

M.S. Lourenço soube reunir, num trabalho de muitos anos, paixões aparentemente tão distantes como a tradução, a matemática, a poesia e a filosofia. Era pouco conhecido do “grande público” e suponho que isso não o interessava nem o preocupava grandemente. A sua poesia (‘Os Degraus do Parnaso’ é uma obra notável) transportava “o efeito da sabedoria” e da inteligência – o que é raro num país cheio de versos líricos sem medida e sem voo. M.S. Lourenço, que morreu anteontem aos 73 anos, foi um professor encantado com a sua matéria (a matemática e a lógica, a que dedicou vários estudos), tanto em Lisboa como em Oxford ou nos EUA, onde ensinou. A morte relembra-o agora, mais do que a vida – que foi plena, e de que aproveitamos a sua obra de primeira grandeza. Um dos nossos maiores.

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Não é livro – mas merece louvor. Álvaro Costa Matos continua a fazer da Hemeroteca Municipal de Lisboa, mesmo com as dificuldades de meios que se sabem, uma instituição cada vez melhor (e com mais jornais digitalizados). Merece visita.

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FRASES

"O endividamento da nossa economia cresceu imenso e foi feito à conta do crédito bancário." Nuno Amado, presidente do banco Santander Totta. Ontem, no CM.

"Arrumados à volta do sr. primeiro-ministro, radiantes do prodígio e mimados pelo agasalho." Masson, no blogue Almocreve das Petas, sobre o encontro do PM com blogers.

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