agosto 17, 2009

Blog # 419

O Verão dá para tudo e até para que prestemos atenção à mandatária de José Sócrates para a Juventude, que, numa entrevista, admitiu que odeia “os caroços nas frutas”, um direito inalienável de qualquer cidadão. Veja-se o extrato: “Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim. E uvas sem grainhas. É uma trabalheira.” Ainda que não tiremos demasiadas ilações políticas a propósito das cerejas sem caroço, sobra essa inquietação: o que teria levado o PS e Sócrates a escolher esta mandatária para a juventude? Duas coisas: a necessidade de transportar para o partido uma imagem acolhedora, sorridente, bronzeada e estival; e, penso eu, a luminosa ideia de oferecer a cereja da política já sem caroço, atraente e cosmopolita. Eis como tudo se explica. Simplex.

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Depois de ‘Os Despojos do Dia’, de ‘Os Inconsolados’, de ‘Quando Éramos Órfãos’ e de ‘Nunca Me Deixes’, a Gradiva publica ‘Nocturnos’, do anglo-japonês Kazuo Ishiguro. Um romance belíssimo – espécie de bálsamo para um Verão inclemente.

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FRASES

"Deve ser gente que lhe quer fazer mal." Amigos de Idalina Oura, sequestrada e maltratada em Marco de Canavezes. Ontem, no CM.

"Alguém que o ajude. O Paulo Bento está maluco." Lourenço Cordeiro, no blogue Complexidade e Contradição.

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