setembro 22, 2009

Blog # 444

A propósito do Acordo Ortográfico, Miguel Sousa Tavares diz que “o Brasil é o único país que recebeu a língua de fora e que impõe uma revisão da língua ao país matriz”. Sinceramente, não vem daí grande mal ao mundo. Portugal maltratou a sua língua durante anos e anos, desinteressando-se da sua gramática, do seu ensino e da sua correção – além de pensar que se tratava de uma espécie de “doação” concessionada ao resto do mundo. Não é. A língua (ortografia incluída) é de quem a fala, de quem a usa e de quem a transforma diariamente. Se o Brasil tomou a dianteira, pergunte-se o que Portugal fez em prol da Língua, que agora parece ser “um bem estratégico”. E os escritores? Não lhes cabe defender acordos ortográficos, evidentemente. Cabe-lhes escrever – bem, se possível.

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Fundamental e instrutivo: “O Ressentimento na História”, de Marc Ferro (Teorema) – uma análise da violência, da agressividade e do ódio como motores da História e do comportamento das sociedades. Absolutamente indispensável.

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FRASES

"Quem será o candidato da direita nas próximas presidenciais?" Pedro Marques Lopes, no blogue União de Facto.

"Não faz sentido admitir uma coligação com quem nos odeia." Vital Moreira, sobre a aliança PS-BE. Ontem, no CM.

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