outubro 29, 2009

Blog # 471

O chileno Luis Sepúlveda é, provavelmente, um dos últimos representantes da larga geração de escritores latino-americanos que procurou na Europa um lugar para viver depois de os seus países terem sido ocupados por ditaduras militares. A Europa acolheu-os por motivos políticos e literários. Eles eram a última hipótese de o bom selvagem ser substituído pelo bom revolucionário; acontece que Sepúlveda ultrapassa largamente a sua condição política e escreveu livros como ‘O Velho Que Lia Romances de Amor’ ou ‘As Rosas de Atacama’. O seu livro ‘A Sombra do Que Fomos’ (Porto Editora) trata dessa memória – nostalgias de esquerda que sobrevivem porque são contadas de forma magistral, sem pena nem tragédia. Sepúlveda continua com uma mão única, um excelente contador de histórias.

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Aviso-vos: ‘A Princesa de Gelo’, de Camilla Läckberg (Oceanos) é uma grande história policial: um mundo aterrador no interior da Suécia. Comecei a ler ontem, ainda não pude parar. Sai a 9 de Novembro para as livrarias; vão lá.

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FRASES

"Gerir o quotidiano, os egos. Nada de reformas ou mudanças: o pessoal não gosta." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.

"Fazer chantagem com novas eleições. Esta é a grande prioridade do novo Governo." António Ribeiro Ferreira, ontem, no CM.

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