novembro 17, 2009

Blog # 484

O programa do governo na área da Cultura menciona o financiamento das artes – da moda e do design até ao circo, o pobre circo. Sobre o cinema português, por exemplo, a participação dos dinheiros públicos é notória, mas o negócio da distribuição é uma guerra difícil de acompanhar: apenas 4 filmes (entre 19 financiados) foram vistos por mais de dez mil pessoas. João Salaviza, o realizador de ‘Arena’, acha que o Estado “tem de participar na construção do património cultural”, e João Mário Grilo recusa-se a “baixar o nível” através do que ele chama “comédia burgessa” ou “erotismo balofo”. Compreende-se. Mas o problema é o do tom sacerdotal e arrogante dos mestres, certamente génios talentosos que vivem não só acima das suas posses, mas criticando o país por ser tão pobre.

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Em tempos de problemas na justiça nada melhor do que ler o conjunto de “histórias reais” que Francisco Teixeira da Mota escreveu sobre o mundo dos tribunais em ‘Faça-se Justiça!’ (edição Oficina do Livro). Ele avisa-nos.

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FRASES

"Mário Soares, ou guarda silêncio ou indica um caminho." José Medeiros Ferreira, no blogue Bicho-Carpinteiro.

"Grandes almas, grandes homens estes que zelam de dia e de noite pelo pântano." António Ribeiro Ferreira, ontem no CM.

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