novembro 18, 2009

Blog # 485

O grande romance sobre o amor apaixonado entre duas mulheres é português e escreveu-o Agustina Bessa-Luís em 1989. Leva o título ‘Eugénia e Silvina’ e é um notável retrato sobre a culpa e o processo judicial que decorreu (em Viseu) em redor do caso. Na época, o romance passou despercebido e ao lado dos debates que hoje estão na ordem do dia – Agustina era “reacionária”, “de direita” e vivia longe da gritaria. Hoje, vejo na televisão debates sobre a homossexualidade com gente que acha que descobriu a pólvora cívica. Sexo e política nunca se deram bem, ainda que se conheçam à esquerda ou à direita. A arma dos intolerantes é chamar homofóbico a quem, reconhecendo o direito à união entre homossexuais, não dispare foguetes ou tenha dúvidas. Ontem como hoje. Vem na literatura.

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Para admiradoras e admiradores de Chico Buarque: está aí ‘Histórias de Canções - Chico Buarque’, de Wagner Homem, originalmente publicado pela Leya Brasil e que chegará às nossas estantes a 30 de Novembro. É um ‘arranca-corações’.

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FRASES

"É preciso ter muito cuidado com a intolerância dos auto-proclamados tolerantes." Miguel Morgado, no blogue Cachimbo de Magritte.

"Posso ser criativa sem gastar um euro." Zélia Moraes, brasileira, 26 anos, que ganhou para Portugal a medalha de prata no Festival de Publicidade de Cannes. Ontem, no CM.

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