dezembro 28, 2009

Blog # 512

Aqui e ali, sobretudo nos blogues, sente-se mais a exigência de um laicismo radical. Por exemplo, o que leva um primeiro-ministro laico a fazer uma mensagem de Natal? Por que razão se permite que o cardeal patriarca fale na televisão, se a televisão deve ser laica? Há aqui uma confusão entre religião e hábitos de civilização – além do regresso do velho jacobinismo demagógico do início do século passado. Abolir o Natal seria uma solução fácil. Na Revolução Francesa, mudaram-se os nomes dos meses e dos dias da semana para que não tivessem conotação religiosa. Como no Turcomenistão, para glória do líder. A lista de ‘ditaduras antirreligiosas’ é bastante longa e nenhuma delas apresentável. O jacobinismo e o ateísmo de pacotilha não aprenderam nada. Continuam ridículos.

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LIVROS DO ANO:Poemas Portugueses – Antologia da Poesia Portuguesa do séc. XIII ao séc. XXI’, coordenação de Jorge Reis-Sá e de Rui Lage (Porto Editora). Uma referência permanente quando se discutir o cânone da poesia portuguesa.

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FRASES

"A justiça é feita por homens e, por isso, é uma atividade falível." Juiz Carlos Alexandre, figura do ano 2009. Ontem, no CM.

"Queremos sempre mais. É disso que tenho medo." Filipe Nunes Vicente, no blogue Mar Salgado.

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