janeiro 13, 2010

Blog # 523

Ontem mencionei a “vida privada”; hoje regresso ao tema, mas por outro caminho. O criador do Facebook, Mark Zuckerberg (25 anos, uma passagem produtiva por Harvard), disse este fim de semana passado que a privacidade já não é uma “norma social”. No fundo, o Facebook assume o conceito de privacidade dos miúdos (‘kids’) e limita-se a transpô-lo para a vida de adulto – com as suas contingências, adversidades e intrusões. A designação “rede social” é um engodo e, ao mesmo tempo, uma deturpação do que fazem 350 milhões de utilizadores que diariamente se expõem, em permanência, como na hora de mudar as fraldas na creche. Zuckerberg vai mais longe: ele propõe-se mudar o próprio conceito de privacidade. Ele sabe que a vida deixou de ser vida e é apenas um ‘reality show’.

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LIVROS DO ANO: O primeiro romance de Rui Cardoso Martins, ‘E Se Eu Gostasse Muito de Morrer’, fazia prever um salto e um amadurecimento literário. Está aí ‘Deixem Passar o Homem Invisível’ (Dom Quixote), uma boa leitura de 2009.

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FRASES

"Nem todos os grandes jogadores têm a sorte de ser agraciados com tanta beleza." Estibalíz Pereira Rábade, Miss Espanha, sobre Cristiano Ronaldo. Ontem, no CM.

"Cara Isabel Alçada: retire poder ao ministério; dê poder aos professores." Henrique Raposo, no blogue Clube das Repúblicas Mortas.

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