janeiro 26, 2010

Blog # 531

Os autores devem estar atentos à indústria que só existe por causa deles. Falo de escritores, na generalidade sitiados entre os 8, 10 ou 12 % de direitos de autor cobrados por cada exemplar vendido. Está longe de ser um pagamento confortável, se pensarmos que são eles que escrevem os livros. Com o advento do e-book (o livro em formato digital, que pode comprar-se pela internet e não tem de ser impresso), autores como Ian McEwan ou Martin Amis pedem o dobro ou mais do que recebiam até aqui, até aos 60% nos livros eletrónicos. Inteiramente justo. A indústria fala de autores como quem fala de embaladores de charcutaria, dispensáveis e substituíveis – apenas um elemento nas folhas de cálculo. Pois se a indústria quer e-books e lucros, tem de pagar. Vai começar o combate.

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Quem viu ou leu ‘O Padrinho’ conhece o nome de Mario Puzo, o seu criador. Acaba de sair, em edição de Bolso (11/17, Bertrand) ‘O Último dos Padrinhos’, uma história como só Puzo é capaz de contar – com talento e no fio da navalha.

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FRASES

"Os músculos são mesmo dele. Quando éramos namorados, os abdominais dele eram mesmo assim." Nereida Gallardo, sobre Ronaldo. Ontem, no CM.

"Ainda não foi hoje que Sá Pinto anunciou a candidatura a presidente da Federação de Pugilismo." Pedro Correia, no blogue Albergue Espanhol.

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