fevereiro 16, 2010

Blog # 546

Era discreto e parecia um velhinho na bancada de apostas de um hipódromo, de chapéu e gabardina. Essa imagem vinha a propósito porque Dick Francis viveu de livros, é certo, mas também de corridas de cavalos. Juntou as suas duas paixões para se transformar num dos escritores de literatura policial mais lidos em Inglaterra. Ano sem “um novo Dick Francis” e sem uma nova aventura de Sid Haley, não era coisa que se perdoasse. Com o tempo, as corridas de cavalos foram substituídas pelo basquete e pelo futebol, e os livros de Dick Francis perderam para os vampiros e thrillers maçónicos. Este homem, que pertencia à Inglaterra dos anos 70 e 80, morreu no domingo. ‘Dardo’ era um excelente policial e Francis um talentoso britânico que não entrou no século XXI. Como ele há poucos.

***

Surpresa: ‘Diálogos para o Fim do Mundo’, de Joana Bértholo (Caminho), que recebeu o prémio Amália Vaz de Carvalho, é um belo romance, inquietante e perfumado com isto: viagens, terras, passagens, melancolias.

***

FRASES

"O PS vai chegar à conclusão de que Sócrates não é a solução, é o problema." Eduardo Catroga, economista. Ontem, no CM.

"Os eleitores não conhecem 90% dos deputados, mas conhecem os candidatos a primeiro-ministro." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.

Etiquetas: