fevereiro 17, 2010

Blog # 547

Giordano Bruno morreu na fogueira da Inquisição há exatamente 410 anos, cumpridos hoje. Ele acreditava que o mundo era infinito e plural e que os sinais invisíveis da criação não podiam ser explicados com os dogmas católicos da época. Preso em 1592, só em 1600 o antigo dominicano foi finalmente sentenciado e as suas cinzas perdidas no Campo de’ Fiori, em Roma. Aproximadamente no mesmo lugar onde hoje está a estátua erguida em sua honra, enfrentando as cúpulas e os muros do Vaticano, e rodeada de símbolos herméticos. Nem todas as cinzas dos seus livros se perderam nesses derradeiros oito anos de cativeiro e de tortura. O que sobreviveu é o bastante para o desenhar como um sábio, um heterodoxo e um perguntador. Crimes suficientemente graves para a memória da Inquisição.

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Comprei e li num fim de semana: ‘Os Grandes Livros’, de Anthony O'Hear (Alêtheia), aproxima-se do padrão de “uma das obras essenciais da cultura ocidental”. Dos gregos ao século XIX, um cânone sublime para defender.

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FRASES

"A escola deixará definitivamente de ser um local onde se aprende e onde se ensina." João Torgal, no blogue À Mesa de Café.

"Os dois teatros nacionais recebem 11 milhões por ano e não sabemos o custo de cada espectador." Celso Cleto, encenador. Ontem, no CM.

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