fevereiro 18, 2010

Blog # 548

Com o devido respeito, nem todas as questões políticas estão sujeitas a escrutínio parlamentar e a comissões de inquérito (nascidas de maiorias flutuantes) já suficientemente desacreditadas. A ideia de discutir a ‘liberdade de expressão’ no parlamento é uma pequena vingança que pode sair furada ou afogar-se no meio do ruído e da guerra governo-oposição. Os portugueses, infelizmente, não são muito sensíveis às questões de liberdade de imprensa nem de direitos cívicos; conformam-se. Há demasiados jornais proibidos, perseguidos e odiados na nossa história. O poder aproveita essa tradição iliberal portuguesa e reduz o problema a inveja, maledicência e conspiração; a oposição, que tem telhados de vidro, nem sempre escolhe bem o terreno onde pisa. O debate devia ser cá fora.

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A Assírio & Alvim reeditou o clássico ‘Fernando Pessoa, Empregado de Escritório’, do poeta João Rui de Sousa. A primeira edição foi lançada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, onde João Rui de Sousa era bibliotecário..

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FRASES

"Não existe solidariedade entre os cidadãos. Já não se crê na honestidade dos homens públicos." Rui Herbon, no blogue Jugular.

"É um problema individual de José Sócrates. O país inteiro já percebeu que ele mentiu." Domingos Amaral, ontem, no CM.

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