março 01, 2010

Blog # 555

Sismos e tsunamis. Vendavais e tempestades. Todos buscam explicações científicas para o assunto, e decerto que as há, conforme lemos nos jornais. A humanidade moderna habituou-se a uma Natureza controlada e benévola; os ciclos de desastres são concebidos como exceções num mundo mais ou menos perfeito e harmónico. Não é assim: a nossa relação com a Natureza é, também, trágica e feita de inimizades. Antigamente, aceitávamos esse diálogo trágico e violento como uma condição do nosso destino – as tempestades e as cheias eram periódicas e pouco comentadas; com a ciência e a técnica evoluindo até aos níveis que sabemos, julgávamos que a Terra era um lugar pacificado. Não é. Corpo vivo e revoltado, ameaçado, acossado, a Natureza surpreende os mais distraídos. E desprotegidos.

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Se é um leitor impenitente e compenetrado – recomendo uma ida à livraria para comprar ‘Substâncias Perigosas’, de Pedro Eiras (Livro do Dia). Livros são substâncias perigosas, exatamente, e nem sempre trazem a felicidade.

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FRASES

"Quando se senta o primeiro-ministro no banco dos réus, a oposição também se senta com ele." J. Pereira Coutinho, ontem, no CM.

"Sócrates mentiu porque não lhe veio mais nada à cabeça senão aquela mentira." Luís Januário, no blogue A Natureza do Mal.

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