Blog # 573

Neste domingo serão assinalados os 200 anos do nascimento de Alexandre Herculano. Para uma ou duas gerações de portugueses, o nome de Herculano estará sempre ligado a ‘Eurico, o Presbítero’, lido nas escolas e escondido nas estantes. É pena. Alexandre Herculano foi um dos mais importantes pensadores portugueses, um cético em matéria política, um talento extraordinário como historiador. A sua obra e a sua mensagem nunca foram muito populares – e o retiro de Vale de Lobos, onde se recolheu, acaba por ser uma imagem recorrente dos desiludidos da política e dos homens. A vida portuguesa repete os falhanços e as falsas esperanças de há dois séculos e, por isso, convém estudar o século XIX e a obra de Herculano. Mudámos muito desde então, mas a sensação de catástrofe mantém-se.

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“Há quem traga dentro de si o ritmo da terra a tremer.” Assim começa o capítulo 28 de ‘O Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua’, o novo livro de Manuel Alegre (D. Quixote). É um elogio da literatura e da arte da escrita.

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FRASES

"PS e PSD são os dois responsáveis pelo estado a que isto chegou." António Ribeiro Ferreira, ontem, no CM.

"O direito a ser cientista e escritor não está reservado aos bons cientistas e bons escritores." Lourenço A. Cordeiro, no blogue Complexidade e Contradição.