maio 10, 2010

Blog # 604

A pílula contracetiva foi posta à venda há cinquenta anos. A vida humana mudou substancialmente desde a sua criação e é fácil admitir que os anos 60 e 70 teriam sido muito diferentes se a ‘revolução sexual’ não tivesse o seu apoio. A literatura e o cinema não falam do assunto mas a abundância de sexo (e a sua banalização) em ambos deve-se à pílula. É um bem extraordinário; mas também corresponde à utopia do controle absoluto sobre a vida e a reprodução. Evidentemente que não é a única culpada da crise demográfica do Ocidente, mas sem ela não seria possível limitar os nascimentos e aumentar a ‘frequência dos contatos sexuais’. O seu impacto cultural e moral foi óbvio – mas o seu peso na economia e na política só agora começa a ser analisado com seriedade. Mudou o mundo.

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Que livros leu ou guardava Fernando Pessoa em sua casa? Jerónimo Pizarro, Patricio Ferrari e A. Cardiello são os autores de ‘Biblioteca Particular de Fernando Pessoa’ (D. Quixote), cujo 1º volume chega esta semana às livrarias.

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FRASES

"Não existe. O ponto G é um mito." Vaz Santos, urologista, ontem no CM.

"A decisão sobre grandes obras públicas dava um ensaio sobre o mundo virtual na política." J. Medeiros Ferreira, no blogue Córtex Frontal.

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