junho 09, 2010

Blog # 625

As coisas difíceis são mais saborosas mas convém não exagerar. Veja-se o caso do inglês Nathan Dunne, professor, historiador de arte e, agora, editor de áudio-livros. Na era do mp3 e do mp4, que já destronaram o CD, que já tinha destronado as fitas em cassete, Dunne decidiu que valia a pena regressar ao mais difícil e “incómodo” — e arriscou um negócio arrojado e desajustado aos novos tempos: publica áudio-livros em discos de vinil, de 33 rpm, com duração de 20 minutos de cada lado. Pega, não pega? Não se sabe, mas é bom ver que nem toda a gente fala a mesma língua ou tem o mesmo desejo de velocidade. Esses discos, diz ele, são uma espécie de “férias do ruído e da velocidade”. Acredito. É um resistente que vale a pena acompanhar na época do e-Book. Merece aplauso.

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O regresso de Leonel Brim, autor mais do que bissexto (de ‘Talvez Pinóquio’ por exemplo): ‘Os Pés do Cordeiro’ chega às livrarias (Bizâncio) e começa assim: “Há mais sémen na gaita de um tíbio do que pelos eu tenho na cara.”

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FRASES

"Eu?! Valha-me Deus! Nem pensar! Nunca!" António Serzedelo, presidente da Opus Gay, sobre o casamento. Ontem, no CM.

"Ter honra nos negócios é importante. Mas […] há coisas que simplesmente não se anunciam." Carla Quevedo sobre o banqueiro Ricardo Salgado. No blogue Bomba Inteligente.

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