julho 15, 2010

Blog # 651

O Ministério da Cultura é uma das instituições mais frágeis de qualquer governo. Primeiro, porque em redor da cultura se reúne um numeroso grupo de interessados, mais do que de interesses; depois, porque é difícil negociar com pessoas que se acham no direito absoluto de serem financiadas segundo critérios altamente flutuantes; finalmente, porque esse financiamento vem de um fundo cada vez mais restrito, que não dá para tudo. Daqui resultam muitos equívocos que se acumulam nos arquivos da chamada “política cultural”. A forma de evitar os cortes orçamentais na cultura ficou agora encontrada: €8,5 milhões ficam à guarda do Ministério das Finanças. Se o historial do MC pode levantar dúvidas, as trapalhadas das Finanças ao longo deste ano bem podem deixar-nos aterrados.

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LIVROS DO VERÃO (8): para os que gostam da saga de ‘O Padrinho’, de Coppola, a coleção 11/17, de bolso, reeditou este ao ‘O Siciliano’, de Mario Puzo: quinhentas páginas para acompanhar uma das sagas dos Corleone.

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FRASES

“Ronaldo pagou 12 milhões para ter um filho. A questão é: Registo Civil ou comunicado à CMVM? Bruno Vieira do Amaral, no blogue A Douta Ignorância.

"Ele queria Desporto, mas não estudou o suficiente. Agora vai para a área da Engenharia." Manuel Silva, pai de um candidato à universidade. Ontem, no CM.

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