agosto 03, 2010

Blog # 664

Lembro-me de Mário Bettencourt Resendes nesta semana de morte. Não sei se a vida tem um preço, mas creio que não – ou porque o seu é demasiado elevado ou porque a vida não está à venda. Mas lembro-me de alguns gestos seus no velho jornal da Av. da Liberdade. E lembro-me de como mencionou que o diretor de um jornal nunca precisava de deixar de ser um cavalheiro. De como o diretor de um jornal devia defender a liberdade de Imprensa, fosse qual fosse o governo. De como devia ser culto. De como devia ser honrado. De como devia manter a sua independência. De como devia ser tolerante. De como devia ser inteligente. À sua maneira, tentou que o ‘Diário de Notícias’ fosse um espelho de tudo isso. Eu gostava do Mário Bettencourt. Era um ‘gentleman’, o que diz quase tudo.

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LIVROS DE VERÃO (21). Alain de Botton não é apenas uma estrela da chamada ‘filosofia comum’. Os problemas que ele coloca em ‘Alegrias e Tristezas do Trabalho’ (Dom Quixote) deviam fazer-nos pensar. Pensar e agir.

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FRASES

"Cândida Almeida merecia retirar-se da magistratura com toda a dignidade. Já não vai a tempo." Manuel Catarino, ontem, no CM.

"As ideias que aparecem durante o período de descanso costumam ser originais." Carla Hilário Quevedo, no blogue Bomba Inteligente.

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