agosto 16, 2010

Blog # 673

Eça de Queirós morreu a 16 de agosto de 1900. Há 110 anos. Nós todos, que somos filhos de Eça, devemos-lhe muito: a língua, a infinita galeria de personagens, as obsessões, os retratos, o país desenhado a fino, o humor e o sarcasmo, as metáforas, o ressentimento, o colorido – só o talento, enorme e irrepetível, fica a salvo. Passados 110 anos, Eça devia ser lido sem adversativas em todas as escolas; e devia ser considerada falta grave que algum cidadão minimamente alfabetizado tivesse passado uma parte da sua vida sem ler Eça. Não, não por “dever cultural” ou (pior) “de cidadania”. Apenas porque sem Eça e os seus romances a nossa vida seria mais incompleta e menos divertida. Hoje, vá à estante e escolha um Eça. Se não tiver um à mão, não diga nada. É uma vergonha.

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LIVROS DO VERÃO (30). “A Cidade e as Serras”, de Eça, é uma obra-prima sobre Portugal e o século XIX. O mais romântico e um dos mais divertidos livros do grande criador. 110 anos depois da sua morte, estamos a tempo de lê-lo.

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FRASES

"Teria sido muito fácil matá-lo, mas isso não fazia parte dos planos." Ali Agca, sobre o atentado contra João Paulo II. Ontem, no CM.

"Mónica, tens 40 anos, não há nada em casa, vai comprar tomates e ler livros do Rushdie." Mónica Marques, no blogue Sushi Leblon

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