agosto 30, 2010

Blog # 683

Não era apenas jazz. Charlie Parker, ‘Bird’, não era apenas jazz – e teria festejado ontem oitenta anos (se não fosse a sua morte prematura aos 34, em Nova Iorque). Apesar da sua vida breve, desregrada e trágica, Charlie é, ainda, o mestre sobre todos mestres – o som do saxofone nunca mais foi o mesmo depois de ele tocar “Ornithology” ou de ter reunido Max Roach, Miles Davies e Dizzie Gillespie para tocar “Billie’s Bounce”, em 1945. Há quem mencione Parker como a viragem do jazz, a fronteira entre o jazz como elemento decorativo e uma maior intensidade na interpretação e composição. Talvez seja injusto para os músicos anteriores, mas sem ‘Bird’ o jazz não seria o que hoje é ou o que foi até hoje. Ninguém sabe o que ele tocaria com 80 anos, mas seria decerto muito bom.

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LIVROS DE VERÃO (40). Para terminar o mês de agosto, uma biografia de ‘Hipátia de Alexandria’, de Maria Dzielska (tradução de Miguel Serras Pereira, edição Gradiva) – uma visitação à grande matemática e filósofa da antiguidade.

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FRASES

"A minha mulher disse-me para seguir os meus sonhos sem hesitar." José Mourinho, ontem, no CM.

"Quando somos crianças o mundo faz sentido porque acabámos de descobri-lo." No blogue O Jansenista.

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