outubro 26, 2010

Blog # 724

A nova lei do cinema (em fase de consulta pública, como vem ontem no CM) impõe uma cobrança de 80 milhões de euros (uma parte para filmes, outra para a Cinemateca) às empresas de media e de telecomunicações. Ou seja: o Estado faz uma lista de empresas e impõe-lhes taxas, porque elas são malandras e é preciso ir-lhes às receitas. As operadoras de telemóveis já esclareceram que vão aumentar o preço das chamadas, enquanto a RTP, do Estado, vai dar 3% (vêm de onde?) ao cinema, ficando a SIC e a TVI pelos 2%. Não é uma tragédia, mas devíamos pensar no assunto. Seria bom começar por estabelecer critérios rigorosos de produção, bilheteira, remunerações, retorno financeiro e execução dos projetos. E, como se trata de dinheiros públicos, as contas também seriam públicas.

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Veja bem o título: ‘A Arte e o Modo de Abordar o Seu Chefe de Serviço para lhe Pedir um Aumento’. Não é auto-ajuda para funcionários – literatura, isso sim, numa única frase de 60 páginas, de Georges Perec (edição da Presença).

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FRASES

"À atenção das equipas de negociação do OE: Adriana Lima veste soutien de 2 milhões de dólares." Tomás Vasques, no blogue Hoje Há Conquilhas.

"Daqui a vinte anos, voltaremos a encontrar-nos aqui, eu presidente e tu primeiro-ministro." Hugo Chávez para José Sócrates. Ontem, no CM.

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