dezembro 08, 2010

Blog # 753

Tenho dúvidas sobre a nuvem. Explico. O serviço GoogleBooks, lançado esta semana nos EUA, não tem livros propriamente ditos; em seu lugar existe uma “nuvem”, qualquer coisa etérea que está “na rede” e que abriga todos os textos. O leitor acede a esses textos através da sua conta Google ou Gmail sem precisar de ter qualquer objecto físico em seu poder. Exactamente como o GoogleDocs. Ou seja, os livros passam a ser ficheiros Doc. Tenho dúvidas. Gosto de ter livros ao pé de mim; não sei se isto se passa consigo, mas eu conservo esse pecado, o egoísmo dos livros. Frequento bibliotecas, mas torno-me “proprietário” ficcional dessas bibliotecas e desses livros. Não estou a ver-me proprietário de uma “nuvem” que, ainda por cima, não existe. Onde é que vou deixar bilhetes e rasuras?

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Alerta lampiões! ‘A Chama Imensa’, que recolhe as crónicas benfiquistas de Ricardo Araújo Pereira (Tinta da China) está a chegar às livrarias – Ricardo trata o futebol como eu gosto: humor, cegueira, histeria. Guerra é guerra.

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FRASES

"Mas os alemães […] não querem pagar a conta dos erros dos outros." Armando Esteves Pereira, ontem, no CM.

"Fecharam o Assange [Wikileaks] antes de fecharem Guantanamo." João Miranda, no blogue Blasfémias.

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