janeiro 17, 2011

Blog # 781

Uma semana depois do homicídio de Carlos Castro, e após o pequeno espetáculo da Broadway onde ficam as suas cinzas, há pormenores que a imprensa, aqui e ali, no meio de interpretações mirabolantes, começa a revelar sobre a tragédia. É um romance português que tem todos os ingredientes dramáticos e burlescos – tanto como brutais – de uma história de costumes. O mundo é esse: televisão, moda, ambição, poder, fama, desfiles de ‘passerelle’ entre a província e os grandes palcos, o universo dos “famosos”, as fotos do ‘glamour’ envergonhado e deficitário de um país provinciano, escondido e de segunda ordem. Há quem arrisque grandes interpretações e explique os impulsos que dominam o coração dos frágeis. Pode ser; mas o que resta é sobretudo um crime brutal e duas vidas perdidas.

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Se leu ou não leu ‘Primeiro Amor’, a obra-prima de Ivan Turguéniev, não vem para o caso. Mas convém ler. E depois passar a este ‘Solo Virgem’ (tradução de Manuel Seabra), um romance sobre as ilusões e as utopias (Relógio d’Água)

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FRASES

"Não há nada na história parecido com a Wikipédia. É um prodígio humano." Paulo Querido, ontem, no CM.

"Um clube com Costinha, Couceiro e Paulo Sérgio e quem se demite é o Presidente." Rodrigo Moita de Deus, no blogue 31 da Armada.

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