março 02, 2011

Blog # 813

Lembram-se de Serge Gainsbourg? Morreu há exatamente vinte anos, depois de uma vida cheia de canções, escândalos, álcool, duetos inesquecíveis. A nossa memória está cheia desses encontros. Cantou com Brigitte Bardot, com Deneuve (“Dieu est un fumeur d’Havanes”) e, naturalmente, com Jane Birkin (ah, “Je t’aime, moi non plus”) – e escreveu para gente tão diferente como France Gall, Gréco, Françoise Hardy ou Petula Clark. Discípulo de Boris Vian para o bem e para o mal, a imagem de Gainsbourg, o notívago decadente, talvez não sobrevivesse aos dias de hoje, mais puritanos e vigiados. Vinte anos depois, o seu rosto vincado e mal barbeado é ainda a lembrança de uma beleza triste, apaixonada, provocadora e adolescente. Esquecê-lo seria um pecado e uma cedência desgraçada.

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Vale a pena ver como a leitura nem sempre é um bem inquestionável. Leia-se ‘A Biblioteca Privada de Hitler’, de Timothy W. Ryback (Civilização). Quando se falar de “leitura & cidadania” (uma patetice) lembrem o caso de Hitler.

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FRASES

"É grave, porque há crianças cuja única refeição que fazem é na escola." José Martins, Associação de Pais de Sobral de Monte Agraço, sobre o fim das refeições nas escolas do concelho. Ontem, no CM.

"Fujam: Teixeira dos Santos está desesperado." Rui Passos Rocha, no blogue Delito de Opinião.

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