março 24, 2011

Blog # 829

Elizabeth Taylor era mais do que um ícone: era toda uma época do cinema e da história da beleza. Os seus olhos e o seu olhar (quer eram coisas diferentes) não brilharam na nossa memória apenas pela sua vida amorosa de oito casamentos e sete maridos – mas pela sua presença em ‘Quem Tem Medo de Virginia Woolf?’, do genial Edward Albee, uma obra-prima do cinema, do teatro e da literatura, em ‘Bruscamente no Verão Passado’, um hino à melancolia, ou em ‘A Fera Amansada’, uma reinterpretação genial de um Shakespeare quase burlesco. Era uma excelente atriz que não pode ficar para o futuro reduzida a uma celebridade de Hollywood – há a sua voz, as suas modulações, a sua crueldade (a de ‘Cleópatra’), as suas promessas de perversidade e de amargura. Quase tudo se lhe desculpa.

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Joyce Carol Oates é uma das minhas autoras americanas preferidas. A Casa das Letras publicará, em Abril, ‘Raposas de Fogo’, uma história de violência e de desespero interpretada por um gangue de adolescentes. A ler e a comentar.

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FRASES

"O FMI não virá por causa da demissão de Sócrates; virá pelo que Sócrates andou a fazer." Vasco Lobo Xavier, no blogue Mar Salgado.

"Podem levar secador, telemóvel, computador, mas não garantimos que isso vá funcionar na selva." Bruno Santos, diretor de conteúdos da TVI, sobre o programa ‘Perdidos na Tribo’. Ontem, no CM.

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