abril 28, 2011

Blog # 854

Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011) não era apenas um professor ou um notável historiador dos Descobrimentos: era uma figura tutelar da cultura portuguesa, frequentemente ignorado pelo Portugal “contemporâneo”. O país que Magalhães Godinho estudou com rigor e paixão é o mesmo país que, como acontece desde o século XVI, se recusa a olhar a sua imagem no espelho da História, vivendo de ilusões caras e de mentiras banais. Perseguido pela ditadura, banido da universidade, Godinho construiu no estrangeiro uma obra notável que seria útil estudar para compreender melhor as suas difíceis conclusões: que a nossa participação na história global exige mais qualidade, mais trabalho, mais inteligência e mais rigor. Na morte de Vitorino Magalhães Godinho, devemos-lhe essa reflexão.

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É um clássico do romantismo, embora La Motte-Fouqué (1777-1843) seja um desconhecido: ‘Ondina’ sai por estes dias (Antígona) e com prefácio de Teolinda Gersão. Recentemente, Neil Jordan adaptou-o ao cinema. Lê-lo é outra coisa.

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FRASES

"Não posso dizer […] porque senão os ladrões ficariam também a saber." João Cordeiro, Presidente Ass. Nac. das Farmácias, sobre as medidas de segurança a adotar pelas farmácias. Ontem, no CM.

"Parece que anda tudo a engolir sem espinhas esta zanga entre Sócrates e Teixeira dos Santos." Bruno Faria Lopes, no blogue Elevador da Bica.

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