maio 23, 2011

Blog # 871

A culpa é minha. Pensava que ele não envelheceria – mas a verdade é que Bob Dylan faz amanhã 70 anos. Muitos recordarão as canções fatais do começo, como “Blowin’ in the Wind” ou “The Times they Are a-Changing” e outros elogiarão os sucessivos períodos de genialidade de Dylan até aos mais recentes ‘Modern Times’ ou ‘Together Through Life’, mas nada me comove tanto como ouvir “Like a Rolling Stone” e o seu refrão inesquecível (“How does it feel/ To be on your own/ With no direction home/ Like a complete unknown”). Dylan é um ícone e uma presença real da nossa vida; poucos competirão ao seu lado para entrar no panteão que ultrapassa a transitoriedade da cultura pop e o coloca ao lado dos grandes criadores do nosso tempo, em reconhecimento pelo poder da música e da poesia.

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Vale a pena aguardar por junho para ler ‘Salazar e a Conspiração do Opus Dei’, de António José Vilela e Pedro Ramos Brandão (Casa das Letras), o relato de uma conspiração perdida e hipotética para aprisionar o país e o governo.

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FRASES

"Os nossos cientistas, os nossos pintores, os nossos escritores, isso é que justifica Portugal." Mário de Carvalho, ontem, no CM.

"Não há volta a dar-lhe, se não quer ser ‘humilhado’, Portugal precisa de se reformar." Helena Ferro Gouveia, no blogue Domadora de Camaleões.

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