junho 01, 2011

Blog # 878

A poucos dias das eleições, a ministra da cultura propõe que o IVA dos livros eletrónicos seja idêntico ao dos livros em papel (taxa reduzida). A ideia é antiga e os editores têm discutido o assunto, porque ele não é pacífico. Em Espanha, por exemplo, os e-books são taxados a 15,2% enquanto aos livros em papel são aplicados 3,4%. Mas a questão não é essa nem se resolve com uma “proposta agradável” à boca das urnas. O problema está em como manter os atuais níveis de literacia sem prejudicar a economia do livro, que nunca teve apoios do Estado e lutou, solitária, para conquistar autonomia e dignidade. Pensar o mercado do livro, hoje, inclui uma discussão sobre a leitura na escola e a ameaça da pirataria. De contrário, é apenas um assunto para os novos-ricos se entreterem.

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O primeiro romance de Pedro Guilherme-Moreira, ‘A Manhã do Mundo’ (Dom Quixote) reenvia-nos a um exercício de ficção sobre o 11 de Setembro – é raro isso acontecer na nossa literatura: uma viagem para lá das nossas fronteiras.

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FRASES

"O próximo Governo tem uma agenda que já foi preenchida pela troika." Pedro S. Guerreiro, ontem, no CM.

"A monogamia não é uma manifestação de amor, mas da consciência." No blogue Ouriquense.

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