junho 24, 2011

Blog # 895

O desenhador de roupa John Galliano está a ser julgado em Paris mas diz que não se lembra de ter dito que “adorava Hitler” nem de ter proferido insultos racistas e antissemitas. Parece que o problema tem a ver com a sua “dependência” do álcool e das drogas, coisa que está a ser tratada numa clínica de reabilitação americana. Galliano não é uma figura simpática; o seu lado histriónico basta para esconder todos os eventuais traços de humanidade e de simpatia. As suas criações para a Dior ressentem-se disso mesmo: a encenação apaga a beleza. A valorização do distúrbio e da excentricidade servem para espantar a “normalidade burguesa”. Há, suponho, uma ligação entre tudo isto. Um dia, Galliano vai esquecer-se de muitas das suas criações como hoje se “esqueceu” de Hitler.

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Deixei passar e numa pausa retomei as páginas de ‘Os Folgazões’, de Robert Louis Stevenson, traduzido por Aníbal Fernandes (Assírio & Alvim). O mar escuro e violento da Escócia, um tesouro, um galeão espanhol – e tudo o resto.

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FRASES

"Não há nada que eu possa dizer que apague a sensação de [os adeptos] terem sido traídos." André Villas-Boas, ontem, no CM.

"A improdutividade, blá blá blá, e vivemos acima, e tal. E claro, os sacrifícios. Até segunda." Luís M. Jorge, no blogue Vida Breve.

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